Apmir inaugura primeira Casa da Gestante do Rio de Janeiro

Espaço vai abrigar gestantes e puérperas que precisam de assistência e oferecer serviços que garantam a segurança dessas mulheres antes e depois do parto
Equipe de Comunicação

Graças ao setor filantrópico, a população de Resende e de toda região do Sul Fluminense e do Vale do Paraíba vai poder contar com mais um serviço de primeira qualidade quando o assunto é assistência à saúde. A Apmir, com o apoio da prefeitura local, inaugurou a primeira Casa da Gestante, Bebê e Puérpera do estado do Rio. O objetivo é acolher mulheres grávidas, principalmente aquelas que têm uma gestação de risco, e dar suporte às mães que moram longe do hospital.

A Maternidade da Apmir é referência em parto seguro e UTI Neonatal para várias cidades como Barra do Piraí, Barra Mansa, Itatiaia, Pinheiral, Piraí, Porto Real, Quatis, Rio das Flores e Valença, por exemplo. A região do Vale do Paraíba e do Sul Fluminense conta com muitas áreas rurais, o que faz com que muitas gestantes tenham dificuldade de acessar rapidamente o hospital caso precisem. Essa situação preocupava a gestão da Apmir, que tem em sua maternidade sete leitos de gestação de alto risco.  

A ideia da Casa da Gestante é dar abrigo provisório para mulheres que não precisam de internação hospitalar, mas que necessitam de assistência, principalmente no período de ativação do parto. Com isso, a maternidade não precisa abrir novos leitos hospitalares, que são mais caros, mas ao mesmo tempo garante segurança para essas mulheres no final da gestação. 

As grávidas e puérperas abrigadas na Casa da Gestante têm à disposição o médico plantonista da maternidade, que fica em frente, além de quatro técnicas de enfermagem e uma enfermeira obstétrica que ficam no local. Na Casa, as mulheres recebem todos os medicamentos que elas precisam e suporte para fazer o repouso necessário, antes e depois do parto. A Apmir também teve o cuidado de deixar o espaço com características de moradia, então a Casa conta com uma varanda, sofás, máquina de lavar roupa, banheira, jardim, horta, cozinha, camas normais, geladeira, etc. Fora isso, uma diarista também foi contratada para ajudar nos serviços domésticos.

Na Casa da Gestante serão oferecidos serviços como a retirada de pontos da Cesariana, teste da orelhinha para os recém nascidos, terapia ocupacional, atendimento psicológico e social, atividades para os bebês, escalda pés para as mães em trabalho de parto, dentre outros. As mulheres também poderão trabalhar na horta e cuidar do jardim para ajudar a ocupar o tempo, além de poderem usufruir de todos os espaços.

Ao todo, no momento, a Casa da Gestante tem dois pavimentos e três quartos operantes, comportando 18 usuárias da maternidade. O espaço conta ainda com uma saletinha, onde funciona o posto de enfermagem, e uma recepção. A casa foi alugada pela Apmir em 2019, em dezembro de 2021 o projeto foi desengavetado e liberado pelo governo; e neste ano, no mês de janeiro, o imóvel foi comprado pela Associação com a antecipação de uma verba que a maternidade tinha para receber.

A inauguração aconteceu no primeiro domingo de fevereiro, dia 6, na presença do secretário de Atenção Primária à Saúde do Ministério da Saúde, Raphael Câmara Medeiros Parente; o diretor de Ações Programáticas Estratégicas da Secretaria de Atenção Primária à Saúde, Antônio Rodrigues Braga Neto; do prefeito de Resende, Diogo Balieiro Diniz; do secretário municipal de Saúde de Resende, Tande Vieira; e da presidente da Associação de Proteção à Maternidade e à Infância de Resende (Apmir), Theodora Lopes da Silva. Neste momento, a Apmir está na fase de contratação de pessoal, adaptação do espaço, treinamento de funcionários e implantação do serviço.

 

Segundo a chefe de enfermagem da Maternidade Apmir, Andrea Maciel, a Casa da Gestante é um sonho antigo da gestão do hospital e foi idealizada em 2017, quando uma equipe viajou por várias capitais do país em uma iniciativa do projeto “Parto Adequado”. O projeto foi desenvolvido pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) em conjunto com o Hospital Israelita Albert Einstein e o Institute for Healthcare Improvement (IHI), com o apoio do Ministério da Saúde e tinha como objetivo a valorização do parto normal.

“A gente visitou maternidades em várias capitais, mas ficamos encantados com o Hospital Maternidade Sofia Feldman, em Belo Horizonte. A nossa visita tinha como principal objetivo entender como eles faziam para individualizar leitos dentro do alojamento, mas nos apaixonamos pelo modelo de Casa da Gestante. Entendemos que precisávamos implantar algo parecido em Resende”, explicou Andrea Maciel.

A presidente da Apmir, Theodora Lopes da Silva, afirmou em entrevista à equipe de comunicação da Prefeitura de Resende que com a Casa da Gestante, Bebê e da Puérpera, a Maternidade conseguirá melhorar ainda mais o atendimento que presta à população há décadas: “Nosso objetivo é proporcionar sempre o melhor atendimento às mães e aos bebês”, concluiu.

A Apmir é uma das instituições afiliadas à Femerj.